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Essa Matéria o Tresilhasilheos recuperou da publicação em 06/11/2008 - 16h27 na Agencia Brasil
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oitenta e cinco pais dealunos de escolas públicas além de representantes demovimentos religiosos estão reunidos em Brasília atésábado (8) para discutir de que forma a família podecontribuir para melhorar a qualidade da educação. Oencontro faz parte do Plano Nacional de MobilizaçãoSocial pela Educação que quer envolver diversos setoresna causa – desde a comunidade até empresários eorganizações da sociedade civil.Arildo Surui, de Cacoal(RO), veio representar as 40 etnias indígenas do estado. “Acontribuição da família indígena éfundamental, da mesma forma que a participação dafamília não-indígena é importante. Masainda falta ao sistema de educação brasileiro seadaptar à nossa cultura e aos nossos costumes. Os gestores da educaçãoprecisam refletir sobre isso”, aponta.Para a coordenadora demobilização social do Ministério da Educação(MEC), Linda Goulart, o papel da família é fundamentalporque são elas que começam a criar hábitos,valores e noções de ética nas crianças.“Quando a família participa, o desempenho da criançamelhora. São coisas que parecem pequenas, como comparecer àescola, estimular a leitura, acompanhar o dever de casa e orendimento”, cita. O plano de mobilização social foilançado em maio e foi apresentado primeiro ao movimento das igrejas cristãs. Segundo Linda, o documento serádivulgado a outros públicos e em diferentes locais.“A igreja foi oprimeiro movimento que se mobilizou, mas o que a gente quer éque todos os segmentos mobilizem a família. Já existeinclusive a participação de lideranças de outrasreligiões, como o judaísmo, o islamismo e as religiõesafricanas”, explica.O ministro da Educação, Fernando Haddad, participou da abertura do evento. "A Constituição já diz que a educação é dever do Estado e da família, nós temos que envolver todos os protagonistas em torno da criança e do adolescente nessa luta", afirmou. O ministérioprocura agora parceria com empresas. Uma idéia éincluir dicas aos pais sobre como acompanhar a educaçãode seus filhos nas contas telefônicas, carnês depagamento e contra-cheques. Um blog na internet também trazinformações para os mobilizadores, além dacartilha Acompanhe a Vida Escolar do Seu Filho que estará disponível na página do MEC.Durante a primeiramanhã de debates, alguns representantes de organizaçõesde pais de alunos reclamaram da falta de abertura que muitas vezesexiste entre a escola e a comunidade. Para Vandilson Gomes, de Ilhéus(BA), falta diálogo entre as duas partes. “A escolaprecisa ser aberta nos finais de semana para que a comunidade possade repente jogar bola, fazer um aniversário, um casamento”,exemplifica.Ele contou que em umaescola de Ilhéus a direção convidourepresentantes de diversas religiões para um encontro, com oobjetivo de inserir a comunidade no processo educacional, mas foipunida por gestores municipais. “Não adianta querermobilizar os pais se não houver a abertura. A comunidadeprecisa ser chamada para contribuir com a formulação depolíticas para melhorar a educação”, defende.O Encontro Nacional de Pais de Alunos e o Planode Desenvolvimento da Educação (PDE) segue atéo dia 8 em Brasília.
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